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#208 - E se a próxima estrela da gastronomia for um prompt bem escrito?
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Interessante para os interessados. A leitura preferida dos insaciáveis
Tempo de leitura: 15 minutos
Edição #208

"Nada na vida deve ser temido, só deve ser compreendido. Agora é a hora de entender mais, para que possamos temer menos."
― Marie Curie.

✺ Lula não deveria se candidatar à reeleição para 66% dos eleitores, aponta pesquisa Quaest
✺ Morre escritor americano Edmund White, pioneiro na literatura LGBTQIA+.
✺ Oito pessoas ficaram feridas no Colorado após serem queimadas por um homem que usou um lança-chamas improvisado em um ataque direcionado aos manifestantes que defendiam a libertação dos reféns israelenses mantidos em Gaza. Sobrevivente do Holocausto entre as vítimas.
✺ Pela primeira vez na história do mundo, os juízes da Suprema Corte e de todo o Judiciário mexicano foram eleitos por voto direto da população.
✺ O site de reservas Thrifty Traveler informa que as três maiores companhias aéreas dos EUA - American Airlines, United Airlines e Delta - costumam cobrar mais dos passageiros que viajam sozinhos.
✺ O príncipe Harry conversou com o irmão da princesa Diana sobre a mudança do sobrenome de sua família para Spencer.
✺ Proprietários do Haras Larissa põem Coelho da Fonseca na Justiça.
✺ O Monte Etna, na Itália, entrou em erupção, lançando fumaça no ar a "vários quilômetros de altura" e forçando a fuga de turistas.
✺ Portugal está expulsando quase 34 mil imigrantes — incluindo 5 mil brasileiros.
✺ Neurocientistas e cientistas criaram lentes de contato que permitem a visão infravermelha em humanos e ratos, convertendo a luz infravermelha em luz visível.

● A Petrobras anunciou um plano de investimentos de US$ 111 bilhões para 2025–2029, com foco majoritário em petróleo e gás. Apesar do aumento de 42% no orçamento para iniciativas de transição energética, elas ainda representam uma fração pequena. A empresa projeta manter a produção de combustíveis fósseis até 2050, o que gera dúvidas sobre seu compromisso com a neutralidade de carbono.
● O dia 8 de junho marca o Dia Mundial dos Oceanos, data criada pela ONU para reforçar a importância desse ecossistema essencial à vida na Terra. Em celebração, a Ocean Drop — marca brasileira especializada em superfoods de microalgas como spirulina e chlorella — intensifica sua Missão Oceano, dobrando o impacto: neste mês, 50g de lixo serão retirados do litoral a cada produto vendido. Ciência, nutrição e ativismo em um só gesto.
◖Um bordel high-tech em Berlim oferece bonecas de borracha eróticas e programas que podem custar até R$ 10 mil.
◖ Entre conspirações eleitorais e traumas globais, foram anunciados os oito finalistas do Orwell Prize 2025, — maior prêmio britânico de escrita política.
● Sabe o Notion, aquele queridinho da organização digital? Agora ele foi além: lançou o Notion Mail, uma caixa de entrada que promete se organizar sozinha, escrever e-mails por você e ainda marcar reuniões. Tudo com o mesmo minimalismo (e praticidade) que conhecemos.
◖ A nova lista Fortune 500 foi divulgada. As 500 maiores empresas públicas dos EUA movimentaram US$ 19,9 trilhões (dois terços do PIB do país) e lucraram US$ 1,87 trilhão — um recorde.
◖ Indicados por nomes de peso como Legacy Russell, Catherine Opie e Racquel Chevremont, esses são os 30 artistas que estão moldando o futuro da arte contemporânea com um olhar queer, pulsante e plural.
● A gente vive rolando o feed, pulando de aba em aba, com o olhar distraído. Que tal fazer o oposto? O New York Times propôs um desafio simples e potente: escolher uma obra de arte e passar 10 minutos olhando pra ela — sem interrupções, sem pressa, só você e a imagem. A escolhida da vez é “Where or When (Things Past)”, pintada em 1948 pela artista surrealista Gertrude Abercrombie, conhecida por criar cenas misteriosas, oníricas e levemente desconfortáveis. Parece simples, mas é quase uma meditação visual. Depois de olhar, você pode ler mais sobre a obra neste link.
◖ “Essa é minha viagem de apoio emocional pro Japão”, o meme viral no X virou realidade. Segundo o Mastercard Economics Institute, Tóquio e Osaka são os destinos mais trendings do verão global. O Japão segue firme como potência turística, mas não está sozinho: oito dos 15 destinos mais quentes estão na Ásia, incluindo Xangai, Pequim, Seul, Singapura e a charmosa Nha Trang, no Vietnã. Se o feed parecer tomado por mochilas, ramen e templos nos próximos meses… agora você sabe por quê.
◖ Beatniks, hippies, protestos, psicodelia e utopias coletivas: o novo Counterculture Museum, inaugurado em São Francisco, mergulha nos movimentos que desafiaram o status quo nos anos 60 — bem ali, no epicentro onde tudo começou.
● Gosta de acompanhar o universo do tênis? Alguns dos melhores textos sobre o esporte hoje vêm da Racquet, revista trimestral que celebra a arte, as ideias, o estilo e a cultura que envolvem o jogo — dentro e fora das quadras.
◖ Sete anos após a morte de Kate Spade, sua melhor amiga lança um livro sobre seu relacionamento e o início de sua empresa.


E se a próxima estrela da gastronomia for um prompt bem escrito?

Uma chef chamada Jill vai estrear em breve no restaurante Next, em Chicago. Aos 33 anos, nascida no Wisconsin, passou pelas mãos de Ferran Adrià, Jiro Ono e Auguste Escoffier. A combinação de referências é ousada — a desconstrução catalã, a precisão japonesa, o classicismo francês — e o prato que ela propõe é igualmente inusitado: sorvete de crème fraîche com infusão de caviar servido numa casca de batata ultrafina em formato de ovo.
Soa como alta gastronomia do futuro.E é. Jill não existe. Foi criada por Grant Achatz (o chef por trás do Alinea e do próprio Next) em uma conversa com o ChatGPT. Ele inventou seu passado, seu paladar e sua trajetória. E deixou a IA propor os pratos. Seu currículo brilhante é ainda mais impressionante quando se lembra que Escoffier está morto desde 1935.
Jill é só uma das “chefes imaginárias” do…


Por que esquecemos nossa infância?

Um mergulho fascinante na ciência da memória revela por que a maioria de nós não se lembra dos primeiros anos de vida. Neste artigo da Popular Science, pesquisadores explicam como o cérebro infantil armazena (e muitas vezes apaga) memórias, o papel das emoções no que conseguimos lembrar e por que nossas lembranças de infância são mais uma construção do que um registro fiel. Uma leitura que mistura neurociência, psicologia e uma dose de nostalgia — perfeita pra quem gosta de entender como a mente funciona.


© Vivian Caccuri - Soul transplant, 2025
Vivian Caccuri cria com o som, mas vai muito além do que se ouve. Nascida em São Paulo em 1986, sua pesquisa atravessa música, corpo, tecnologia e política para tensionar o que entendemos como ruído, silêncio ou melodia. Com obras que envolvem instalações, performances, bordados e experimentações visuais, ela desorienta percepções sedimentadas e expõe os condicionamentos culturais que moldam nossa escuta. Em suas construções de soundsystems e nas mitologias em torno de mosquitos e insetos, Vivian revela tanto a potência coletiva da música quanto os silêncios impostos pela história. Conheci seu trabalho na ArPa, na semana passada, e fiquei encantada com a potência sensorial e intelectual da obra. Já passou por instituições como o New Museum (Nova York), Serpentine Galleries (Londres), MASP (São Paulo) e Museum Folkwang (Alemanha), sempre criando experiências que desafiam o lugar comum e nos fazem escutar — e pensar — de outro jeito.
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