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#218 - O capital mais valioso na era da IA: carisma

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Interessante para os interessados. A leitura preferida dos insaciáveis

Tempo de leitura: 14 minutos
 
Edição #218

A realidade é um caos, e criamos um algoritmo que nos mantém informados sobre o máximo possível desse caos, desde o segundo em que acordamos até o segundo em que vamos para a cama, e depois nos perguntamos por que estamos ansiosos.

Matty Healy

A Forbes listou 25 startups apoiadas por VCs que, segundo ela, provavelmente atingirão o status de unicórnio.

Uma primeira edição “inimaginavelmente rara” de O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, foi descoberta em uma casa no Reino Unido em condições quase intactas. O livro superou com folga as estimativas e alcançou US$ 57 mil em leilão.

Um mergulho a 2.300 pés de profundidade no Oceano Atlântico revelou uma nova espécie de água-viva vermelha brilhante. Simplesmente um espetáculo. 

Viva o Felca que teve a coragem de expor a adultização por perfis nas redes sociais - a maioria deles já foi desativados. O vídeo do youtuber que aborda o tema já soma mais de 170 milhões de visualizações e 320 mil comentários. Uma pena que as autoridades não cumpram seu papel antes que tantos casos cheguem a esse ponto.

O mundo entrará em uma distopia de IA de 15 anos em 2027, afirma o ex-executivo do Google.

O FDA aprovou o Vizz, colírio que devolve por 10 horas a nitidez da visão de perto. Sua substância ativa, a aceclidina, já tratava glaucoma na Europa desde os anos 1970. A novidade é o uso contra a presbiopia, comum após os 40 e causada pelo enrijecimento do cristalino, que dificulta o foco em curtas distâncias. Nos EUA, afeta cerca de 130 milhões de pessoas.

Após oito anos juntos, Georgina Rodríguez e Cristiano Ronaldo estão noivos e o anel é coisa de outro planeta (e cafona na minha humilde opinião). 

A empresa de IA, Perplexity, fez uma oferta não solicitada de US$ 34,5 bilhões para comprar o Google Chrome, o navegador de Internet mais popular do mundo. (gift link)

Esse é o tipo de site em que você entra para ver “só um” e, quando percebe, está há horas explorando como o mundo funciona. Uma curadoria deliciosa de vídeos para mentes curiosas, de todas as idades.

Um poderoso organizador de links com recursos avançados de marcação e colaboração.

Imagens do ensaio e reflexões da primeira bailarina Gillian Murphy enquanto se prepara para sua apresentação de aposentadoria em O Lago dos Cisnes, após uma carreira de 29 anos.

O verão de 2025 chegou sem um hino unânime (alô #bratsummer) para embalar nossos fones de ouvido e isso diz muito sobre a música (e sobre nós). Em vez de hits onipresentes como os de Charli XCX e Kendrick Lamar no ano passado, o “concorrente” mais próximo é um jingle de companhia aérea britânica de 2015 ressuscitado no TikTok. Especialistas apontam mudanças nos hábitos de escuta, algoritmos que nos prendem em microbolhas e a avalanche de “slop” musical gerado por IA. O resultado? Consumo fragmentado, sem aquele refrão coletivo que nos une, nem para amar, nem para odiar.

Fácil, rápida e deliciosa: essa salada de pepino que vi no TikTok me deixou com água na boca! Testei e aprovei.

Um guia enorme dos buscadores mais relevantes da internet — reunindo, em um só lugar, as ferramentas mais poderosas (e interessantes) para encontrar qualquer coisa online. De nada! 

A Monocle está com um site novo bem legal.

Um aviso: se você achava que o amarelo manteiga (butter yellow) já era ousado, talvez não esteja pronto para a nova cor favorita da moda — o roxo elétrico. 

18 dos melhores programas de TV de 2025 até o momento segundo a BBC.

Quatro maneiras pelas quais as tarifas de Trump estão afetando as vendas de arte.

Todos os anos, o Goodreads compila e classifica os livros mais adicionados e avaliados do ano na plataforma. Vem saber quais são os 10 livros mais populares de 2025.

Ao redor do mundo, novos hotéis cheios de personalidade estão conquistando viajantes exigentes que buscam beleza, glamour e aquele elemento surpresa. Os 22 vencedores do AD’s 2025 Great Design Hotel Awards provam tudo isso. De arquitetura icônica a interiores que parecem galerias de arte, essas propriedades transformam cada check-in em uma experiência ultra especial. 

A carta de despedida de Sarah Jessica Parker a sua eterna Carrie Bradshaw. 

Arte que melhora o humor: Charlotte Love, de Londres, transforma objetos do cotidiano, especialmente alimentos, em personagens caprichosos com rostos bonitos para trazer alegria ao mundano. Super fofo! 

O capital mais valioso na era da inteligência artificial: por que carisma pode superar bom gosto?

Em um mundo onde a inteligência artificial pode criar textos premiados, montar looks impecáveis e até gerar playlists personalizadas com precisão assustadora, o que resta como diferencial genuinamente humano? Por muito tempo, acreditou-se que “bom gosto” — aquele senso de curadoria refinado e pessoal — seria a fronteira final. Mas e se nem isso estiver a salvo?

Talvez a resposta esteja menos na estética e mais na energia que se sente quando duas pessoas compartilham uma conversa inesquecível. É aqui que entra o conceito de Charisma Capital, o valor social e cultural derivado da habilidade de criar conexão real, presencial e memorável.

O “bom gosto” sempre foi tratado como uma forma de capital cultural. No entanto…

© Julie Wallace

Vivemos cercados de luxos invisíveis — luz elétrica, água potável, saneamento, alimentos variados — que reis de séculos passados não poderiam sequer imaginar. No ensaio We Live Like Royalty and Don’t Know It, Charles C. Mann parte de uma reflexão pessoal em um jantar de casamento para notar como adultos de classe média, em um cenário aparentemente comum, desfrutam de um conforto impensável para gerações anteriores, algo que muitos nem percebem. Ele mostra como nosso bem-estar diário depende de complexas redes de infraestrutura, verdadeiras “catedrais” modernas, raramente lembradas, mas sem as quais nossa vida seria irreconhecível. É um convite a reconhecer e valorizar essa base essencial da civilização contemporânea, tão vital quanto invisível.

O @studiolenca é o alter ego artístico de José Campos, de El Salvador, que viveu o deslocamento desde cedo, fugindo da guerra civil com a mãe e crescendo como imigrante sem documento nos EUA. Hoje baseado no Reino Unido, ele mistura pintura, performance, vídeo e escultura para falar de identidade, pertencimento e migração. Suas obras coloridas retratam figuras salvadorenhas com trajes vibrantes e chapéus exagerados, subvertendo estereótipos e reescrevendo narrativas sobre masculinidade, violência e história colonial. Já expôs em Miami, Londres, Dubai e Seul, e colabora com comunidades de imigrantes, transformando arte em metáfora viva de deslocamento e reinvenção cultural.

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