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#220 - O bilhão de mulheres que o mercado (finalmente) começou a ouvir

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Interessante para os interessados. A leitura preferida dos insaciáveis

Tempo de leitura: 14 minutos
 
Edição #220

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“A fome de amor é muito mais difícil de saciar do que a fome de pão.”

Madre Maria Teresa Bojaxhiu

Netflix lança novo centro de astrologia onde você pode assistir aos seus programas e filmes favoritos pelo signo do zodíaco.

Google e McKinsey decidiram retomar entrevistas presenciais para reduzir o uso de IA em etapas virtuais. O movimento busca mais autenticidade nas respostas e avaliação real de competências.

Trump nomeia Joe Gebbia, co-fundador do Airbnb, para cargo de diretor de design - ajudando a liderar a próxima fase de remodelação dos sites do governo.

Os EUA iniciaram a revisão de 55 milhões de vistos para verificar violações nas condições de entrada e permanência no país.

Canetas emagrecedoras superam “dieta” nas buscas do Google.

Um restaurante britânico está lançando o primeiro cardápio de águas do Reino Unido.

Triste realidade! Hoje, cerca de 26% da população brasileira vive em áreas sob influência direta de facções criminosas — o maior percentual da América Latina.

Felca conta que influenciadores cancelaram contratos após seus vídeos

Donald Trump anunciou que continuará prorrogando o prazo da proibição do TikTok até que surja um comprador. (Portanto, essencialmente, não há proibição.)

Nova pesquisa revela que a exposição a ondas de calor pode acelerar o envelhecimento biológico; cada exposição de quatro dias a calor prolongado foi aproximadamente correlacionada a nove dias de envelhecimento acelerado.

As micro escolas — instituições com fins lucrativos que normalmente têm menos de 150 alunos e operam em grande parte fora da supervisão do governo — estão se tornando populares entre a elite do Vale do Silício.

Yummy, que vontade que eu de provar esse macarrão com abobrinha e limão realçado com missô.

Enquanto mega cruzeiros como o Star of the Seas disputam o título de maior navio do mundo, uma nova maré silenciosa ganha força: a dos cruzeiros-boutique no estilo iate. Menores (menos de 500 passageiros), mas muito mais charmosos, eles oferecem luxo intimista, suítes de perder o fôlego e acesso a portos exclusivos onde os gigantes não atracam. De Ritz-Carlton a Four Seasons, de Orient Express a Aman, as marcas de hospitalidade mais desejadas estão levando sua experiência ao mar,  atraindo viajantes que sempre torceram o nariz para cruzeiros, mas não para o prazer de navegar em grande estilo. (gift link)

Essa linha do tempo da alimentação é um mergulho delicioso e diria que intenso: criada em 1999 por uma bibliotecária especializada em food history, ela começa com água e gelo, traz receitas antigas transcritas e segue sendo atualizado até hoje. Chocante.

Esqueça o pumpkin spice: a Starbucks tem um novo foco na saúde  e nas proteínas, já que a rede está expandindo seu cardápio com duas novas bebidas à base de água de coco, o Coco Matcha e o Coco Cold Brew, além de uma espuma fria rica em nutrientes.

UAU. A Lacoste trocou o crocodilo pelo bode em edição limitada que celebra Novak Djokovic como “GOAT” do tênis, às vésperas do US Open. 

Absolutamente fascinante: um atlas para curiosos do mundo dos cogumelos e das delicadas nuances de cor criadas a partir do tingimento com eles.

Vai um desafio aí? Adivinhe em que ano cada foto foi tirada. Quanto mais perto estiver da resposta correta, mais pontos você ganha.

Nesta edição tô numa maré de links atrelados à comida (juro que sem querer 😅). Mas não resisti: amo milho na espiga e achei ótima essa matéria com 6 jeitos diferentes de preparar o clássico.

Tenho apresentado filmes da Pixar para a minha filha. Me considero uma big fan do estúdio que para mim tem os melhores filmes e personagens. Já fiquei animada para assistir Elio, que conta a história de um menino obcecado com a ideia de que há vida – e potenciais amigos – fora da Terra. 

As salas de jantar formais estão em extinção: quase 80% dos novos projetos já as deixam em segundo plano. No lugar, a versatilidade manda mais — home office, quarto de hóspedes ou até depósito. O jantar agora cabe na ilha da cozinha (ou na mesa de centro). 

Cada vez mais, a música vem acompanhada de um universo visual inteiro, quase uma obra de world-building. Do design de palco às capas de vinil, da estética no Instagram às peças de merch, artistas entendem que criar identidade é expandir a experiência. Não é de hoje: Bowie com Ziggy Stardust, os Beatles com Sgt. Pepper, Lady Gaga e suas personas a cada era. Mas álbuns como My Beautiful Dark Twisted Fantasy (Kanye) e When I Get Home (Solange) mostram como esse arco audiovisual virou parte essencial da narrativa e do prazer dos fãs em decifrar códigos, referências e camadas. Belíssima matéria para quem se interessa pelo tema. 

Pesquisadores descobriram novos padrões de origami chamados bloom patterns — dobras que se abrem como flores. Além de serem visualmente hipnotizantes, esses desenhos têm aplicação prática: podem inspirar estruturas dobráveis leves e resistentes, perfeitas para missões espaciais. 

O bilhão de mulheres que o mercado (finalmente) começou a ouvir

Menopausa, perimenopausa e tudo o que envolve o corpo feminino além dos 40 anos foram, por décadas, empurrados para debaixo do tapete da indústria e da cultura pop. Agora, esse silêncio virou trend. E o que era invisível virou pitch de investimento. 

Segundo o relatório da Amboy Street Ventures, o mercado de wellness voltado para a menopausa já vale US$ 131 bilhões nos EUA e inclui cerca de 63 milhões de mulheres. Até 2030, mais de 1 bilhão de mulheres no mundo estarão passando pela menopausa, segundo a Organização Mundial da Saúde. Um mercado gigantesco — historicamente ignorado.

Mas, tudo está começando a mudar, afinal vemos por aí gigantes como Procter & Gamble testando novas marcas, como a Pepper & Wits, rebatizada como Kindra, com cremes e suplementos para sintomas como insônia e baixa libido. A Walgreens criou uma campanha massiva chamada #MenopauseIsHot, direcionando consumidoras…

No Brasil, esse mercado ainda engatinha — e justamente por ser novo, abre espaço para marcas que realmente escutam as mulheres e traduzem suas necessidades em soluções concretas. A Feel é um ícone desse pioneirismo.

Criada em 2020 pelas empreendedoras Marina Ratton e Marília Ponte, a marca nasceu de conversas com centenas de mulheres, em que ficou evidente que o ressecamento e o desconforto íntimo eram queixas comuns: quase 70% das entrevistadas já haviam sentido esses incômodos ao longo da vida.

A partir daí, a Feel construiu um portfólio guiado por pesquisa, ciência e design, com produtos naturais, veganos e validados por ginecologistas e dermatologistas — sempre com o propósito de quebrar tabus e tornar o autocuidado íntimo parte da rotina de beleza. Hoje, a linha já inclui lubrificantes, óleo calmante, sabonete, gel deslizante e spray de limpeza, todos pensados para caber no dia a dia sem constrangimentos.

©Julie Wallace

Olivia Ferney transformou, aos 24 anos, o trabalho nos bastidores do luxo em puro entretenimento viral. E já se prepara: mergulhar nesse universo é, no mínimo, chocante. Ela atende milionários e bilionários que parecem viver em outra realidade — e confesso que fui lendo os pedidos meio incrédula. Uma Birkin de 75 mil dólares enviada de última hora para Capri, um carro esportivo rosa para a festa de aniversário de um Gen Z, água importada para lavar o cabelo em uma ilha porque a da torneira “coçava o couro cabeludo”… até resgate de barco com helicóptero ou submarino para não perder uma balada em Mykonos. Ao compartilhar trechos dessas ligações no TikTok e no Instagram, sempre com consentimento, Ferney expõe um mundo onde caprichos viram direitos adquiridos e o luxo, espetáculo. É tão absurdo que arranca risos, mas também escancara uma verdade: para esse público, a palavra “não” simplesmente não existe.

Tromper l'œil, exhibition view, GALLERIA CONTINUA, Paris, 2024.
© ADAGP

Eva Jospin é daquelas artistas que transformam matéria bruta em poesia visual. Conhecida por suas florestas monumentais esculpidas em papelão — densas, labirínticas, quase hipnóticas, ela recria cenários naturais que parecem suspensos entre o real e o imaginário. O contraste é fascinante: um material banal, descartável, ganha escala e sofisticação dignas de um palco de ópera. Ao caminhar por suas obras, a sensação é de atravessar um portal para dentro de nós mesmos, onde memória, natureza e arquitetura se entrelaçam. É arte que exige tempo, contemplação e uma entrega total à experiência, exatamente como a EYN gosta de sugerir: mergulhar fundo para sair diferente.

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