Interessante para os interessados. A leitura preferida dos insaciáveis

Tempo de leitura: 15 minutos
 
Edição #222

O verdadeiro capital de uma empresa não está em seus ativos físicos, mas no que as pessoas sabem e na forma como compartilham esse conhecimento.

― Thomas A. Stewart (autor de Intellectual Capital)

Conta pra gente quem é você!

A EYN nasceu para deixar você mais interessante com informação inteligente e curadoria afiada. Agora queremos conhecer melhor quem faz parte dessa comunidade. Preparamos uma pesquisa rápida (leva menos de 5 minutos!) para entender seus interesses, hábitos e o que você espera da EYN. Sua resposta vai nos ajudar a criar conteúdos e experiências ainda mais a sua cara.

✺ Com a volta às aulas, o uso do ChatGPT disparou de novo.

✺ No Nepal, a esposa de ex-premiê é queimada viva em protestos contra o governo.

✺ Falando nele, a Folha de São Paulo processa OpenAI por uso não autorizado de conteúdo jornalístico.

✺ A startup de IA Fable Studio anunciou planos para recriar os 43 minutos perdidos — e potencialmente destruídos — do segundo filme de Orson Welles, The Magnificent Ambersons.

✺ Rupert Murdoch fez um buyout de três de seus filhos, colocando fim a uma disputa sucessória e garantindo que Lachlan assumirá o comando. 

✺ O acordo da Anthropic com um grupo de autores que entraram com uma ação por violação de direitos autorais totaliza pelo menos US$ 1,5 bilhão em pagamentos.

✺ A mulher australiana condenada por matar três parentes com cogumelos venenosos escondidos em um beef Wellington foi sentenciada a um mínimo de 33 anos de prisão.

✺ O impossível aconteceu: depois de uma espera de 15 anos, o Instagram lançou enfim sua versão oficial para iPad com o Reels no centro para competir com o TikTok.

✺ A Apple lança o iPhone mais fino até agora. As principais inovações e produtos entre os novos lançamentos de outono da empresa.

✺ Remédio em fase experimental no Brasil ajuda pessoas com tetraplegia a retomarem movimentos.

◖Os 100 melhores podcasts de todos os tempos, segundo a revista Time.

◖A Ralph Lauren acaba de dar um passo ousado no varejo digital. Em parceria com a Microsoft, a marca lançou o Ask Ralph, um agente de IA que simula a experiência de conversar com um stylist de verdade. 

● Conjunto Estrela da Morte é o lançamento mais caro da história da Lego.

● Do coração do Village para o outro lado do Atlântico: 12 anos depois de sua estreia em Nova York, o Carbone finalmente realiza o plano original de seus fundadores e abre as portas em Londres. Para Jeff Zalaznick, a ideia de ter uma unidade na capital britânica nasceu junto com a primeira. Agora, o italiano-americano em versão blockbuster desembarca na capital britânica pronto pra repetir a fórmula: molho vermelho, sofisticação e um quê de espetáculo. (gift link)

◖ Para contar a história da transformação de um de seus ícones, a NIVEA resgatou uma figura nostálgica do universo infantil brasileiro. A marca convidou esse personagem querido a refletir sobre as próprias mudanças, criando um paralelo com a evolução do produto. Uma prova de que inteligência artificial pode ser usada de forma sensível e próxima das pessoas.

◖ Sou fãzona do Fábio Porchat (ele me mata de rir) e a ElevenLabs fez um comeback genial: trouxe de volta a Judite, aquela atendente de telemarketing perdida que virou viral lá em 2012. Agora ela voltou turbinada como Judite 2.0: uma IA eficiente, clara e com voz natural, desenvolvido com a tecnologia de voz da empresa para melhorar a experiência do cliente em tempo real, transformando o atendimento ao cliente em algo mais humano e divertido.

● De Marilyn Monroe a David Hockney e Tracey Emin, anote já na sua agenda estas 5 exposições de arte em Londres em 2026.

● A coleção desejo de Gustaf Westman para a IKEA, com direito a prato para almôndegas.

◖ Um urso de pelúcia robô que pisca, muda de cor e até demonstra emoções: a SwitchBot apresentou em Berlim o AI Pet, um brinquedo high-tech que conversa, ajuda nas tarefas e promete “crescer” junto com o dono. Revestido de pelúcia para parecer menos máquina e mais companhia, o gadget usa câmeras como olhos e microfones como ouvidos — criando um mix curioso de fofura e inteligência artificial. Medo?

◖ Um estudo da Faculdade de Medicina de Yale descobriu que lesões na pele (incluindo lacerações e danos causados pela luz ultravioleta) podem desencadear alergias alimentares.

● Tudo o que se sabe sobre a quarta temporada de The White Lotus. 

● LeBron James apresentará uma série de entrevistas para a Indeed chamada The Main Thing, que explora habilidades aprendidas em áreas criativas.

◖ Um novo relatório da Headspace revelou que 63% dos adultos americanos sentem estresse ou ansiedade pelo menos uma vez por semana.

◖ A C&A se juntou à Box1824 pra investigar aquele micro momento mágico: o instante entre tocar o tecido e se ver no espelho, quando a roupa deixa de ser só roupa e vira afirmação. A pesquisa virou um mapa emocional da experiência de se vestir, revelando cinco encontros que definem o look perfeito.

● Um retrato pintado em 1837 na Louisiana, que parecia apenas mais uma cena de infância branca sulista, esconde uma história poderosa: a figura de Bélizaire, adolescente negro escravizado, havia sido apagada da tela décadas depois. Restaurado e hoje em exibição no Met, o quadro “Bélizaire and the Frey Children” devolve visibilidade a quem foi silenciado, transformando a pintura em um raro testemunho da presença negra retratada com naturalidade no século XIX. (gift link)

● Mulheres estão voando em massa para a Coreia do Sul para fazer esta dolorosa injeção de beleza. Rejuran promete uma pele mais suave e jovem, mas não é aprovado pela FDA. (gift link)

A morte (ou metamorfose) do intelectual público

Em fevereiro de 1965, James Baldwin e William F. Buckley Jr. se enfrentaram em um debate histórico na Universidade de Cambridge. O tema, se o sonho americano havia sido construído às custas da população negra, transcendeu as paredes do auditório e reverberou em rádios, jornais e salas de aula. Baldwin venceu de forma esmagadora, mas o que ficou para a história não foi apenas o placar, e sim o lembrete de que havia, naquele tempo, figuras capazes de mobilizar sociedades inteiras por meio das ideias. Eram os intelectuais públicos, homens e mulheres que assumiam o papel de tradutores do pensamento, levando questões filosóficas, políticas e culturais ao grande público.

O ensaio The Death of the Public Intellectual: is Hailey Bieber the new Susan Sontag? (The Digital Meadow, abril/2025) parte desse episódio para lançar uma pergunta incômoda: quem ocupa hoje esse lugar de influência? A resposta não…

Minha filha começou a assistir TV há pouquíssimo tempo – só 30 minutos por dia, apenas aos finais de semana. Comecei pelos desenhos antigos, da minha época, porém tem um que a pediatra super liberou e fiquei surpresa e feliz em ler esse artigo. O texto mostra como Bluey vai além do entretenimento: os episódios foram analisados por pesquisadores e revelam que a série pode ensinar às crianças sobre resiliência, emoções e até habilidades sociais importantes para a vida real. Fiquei aliviada em saber que, em vez de apenas “passar o tempo”, ela pode ter acesso a histórias que estimulam a imaginação, a empatia e o aprendizado de maneira leve. Isso me fez repensar o papel da TV nesse momento: não como vilã, mas como ferramenta que, quando bem escolhida e dosada, pode apoiar o desenvolvimento.

Arte que não se contenta em ser contemplada: ela exige que a gente repense o que significa habitar o planeta

Nascida na Nigéria e radicada na Antuérpia, Otobong Nkanga é uma das artistas mais potentes da cena contemporânea — e seu trabalho marca presença na Bienal de São Paulo deste ano.

Entre bordados monumentais, performances e instalações, Nkanga investiga as cadeias de extração de recursos naturais e como elas atravessam corpos, territórios e histórias. Seus trabalhos são como mapas vivos que revelam o que está por trás do que consumimos: a terra, a memória e a política.

Com passagens pela Documenta de Kassel, Tate Modern e MASP, Nkanga chega à Bienal para reforçar um convite urgente: repensar o que significa habitar o planeta.