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#227 - Quando tudo é performance: o que o rótulo “performático” revela sobre nós?
🥜📮 - Autenticidade virou performance, e fingir que não performamos também é.
Interessante para os interessados. A leitura preferida dos insaciáveis
Tempo de leitura: 18 minutos
Edição #227

“Uma pessoa que valoriza seus privilégios acima de seus princípios logo perde ambos.”
― Dwight D. Eisenhower

✺ A OpenAI informou que seus novos modelos de inteligência artificial conseguem compreender contextos complexos e executar tarefas completas de modo autônomo, alcançando resultados comparáveis aos de profissionais humanos em áreas como contabilidade, tradução e atendimento ao cliente.
✺ O Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses vivos e Israel libertou então quase 2.000 prisioneiros e detidos palestinos. Veja quem são os reféns sobreviventes e fotos desse dia tão marcante.
✺ O Prêmio Nobel de Economia foi concedido a três pesquisadores por seu trabalho explicando como a inovação e a “destruição criativa” impulsionam o crescimento econômico.
✺ A Bolívia está pressionando para que a planta da coca (de onde se extrai a cocaína) seja removida da lista das drogas mais perigosas da ONU, com uma revisão formal prevista para março.
✺ Venezuela fecha sua embaixada na Noruega dias depois que o Comitê Nobel concedeu o Nobel da Paz à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.
✺ A Netflix, o cineasta Guillermo del Toro e o Gobelins estão se unindo para abrir um estúdio de animação stop-motion inédito na França.
✺ Os migrantes precisarão ter um nível avançado de inglês para trabalhar no Reino Unido.
✺ Maria Grazia Chiuri está de volta à Fendi como diretora criativa.
✺ A Apple TV+ mudou o nome para... Apple TV. Isso pode causar alguma confusão com o dispositivo Apple TV.
✺ O presidente Donald Trump autoriza operações da CIA na Venezuela, considerando ataques militares.

● Segundo experts, esses são os 65 livros infantis essenciais.
◖ Em defesa das roupas realmente feias. O que é que a Prada está fazendo? (gift link)
◖ A marca de produtos para atividades ao ar livre The North Face, o e-commerce Zalando e a revista Highsnobiety se uniram para lançar a campanha "Touching Grass", que convida o público a deixar as telas de lado e aproveitar a vida próximo à natureza.
● A Dove incentiva as pessoas a mudarem a forma como elogiam as meninas.
● O famoso clube do livro de Reese Witherspoon fez uma parceria com o WhatsApp para expandir suas ofertas aos clientes globalmente.
◖Os bunkers de luxo que os bilionários estão erguendo.
◖ A Domino's renova a sua marca pela primeira vez em mais de uma década.
● A lista dos melhores hotéis do mundo acaba de se renovar: saiu o ranking estendido (51–100) do World’s 50 Best Hotels 2025 — vale conferir quantos já estão na sua wishlist antes do top 50 ser revelado em Londres, dia 30 de outubro.
● Cada uma das 274 músicas de Taylor Swift, ranqueadas — sim, todas.
◖ A Zara completou 50 anos, acredite se quiser. Para comemorar, a rede espanhola convidou 50 criativos influentes para criar, cada um, um produto original.
◖ Neste recente artigo do New York Times, a autora reflete sobre a experiência de uma mulher com medicações GLP-1 após anos de luta contra a dependência. O remédio, conhecido por reduzir o apetite, também pareceu modular seus impulsos e a relação com o prazer. A narrativa levanta questões sobre os limites entre tratamento e controle, revelando como um fármaco pode transformar não apenas o corpo, mas também o desejo — e, com ele, a própria noção de liberdade.
● Neste outono, um dos museus mais vanguardistas de Nova York revela sua aguardada transformação arquitetônica. Assinado por Shohei Shigematsu e Rem Koolhaas (OMA), o novo anexo de 60 mil pés quadrados do New Museum, no Bowery, dobra o espaço expositivo sem perder o espírito experimental.
● Uma nova companhia aérea americana espera unir os mundos da aviação privada e da classe executiva.
◖ Explorando as principais tendências em alimentos e bebidas dos últimos 25 anos.
◖ Devemos conceder direitos legais aos extraterrestres, mesmo antes de os encontrarmos?

MENOPAUSA: hora de escutar o corpo, escolher seu próprio roteiro
Novas vozes, novos cuidados, novas escolhas.
Uma curadoria by Feel + EYN.
Você já notou como certas conversas só começam a acontecer quando alguém decide falar, sem pedir licença? Depois dos 40, metade das mulheres percebe que algo mudou: noites quentes, pele diferente, libido que vai e volta, humor que oscila. Mas poucas colocam nome no próprio processo.
Foi essa escuta que fez nascer a marca Feel — quando Marina Ratton e Marília Ponte viram: quase 70% das mulheres já viveram desconfortos íntimos, mas nem sempre sabiam como falar sobre isso, nem o que fazer. Daí vieram fórmulas pensadas para o corpo real, conversas sem culpa, ciência que sustenta.
Outubro é o mês de dar visibilidade à menopausa. E o dia 18/10 é mais que um marcador, é um convite: para trazer os e enxergar que escolhas existem.
Nesta curadoria, reunimos o que realmente vale: produtos inovadores, marcas que desmistificam, leituras e experiências que potencializam uma vida plena.
A Peloton lançou um programa de oito semanas com a Respin Health (plataforma de cuidado com a menopausa fundada por Halle Berry) para aliviar sintomas da perimenopausa e menopausa. Além disso, será aberto um estudo de pesquisa para investigar como o exercício específico pode ajudar em sintomas como energia, humor e sono durante a menopausa, com início neste mês.
A Midi Health levantou US$ 50 mi em uma rodada liderada pela Advance Venture Partners. Com mais de 20 mil pacientes semanais e um faturamento anual projetado de US$ 150 milhões, a empresa liderada por Joanna Strober está desenvolvendo sua própria plataforma de IA — uma espécie de “ChatGPT da saúde feminina”.
Pesquisadores da UMass Amherst e da startup Embr Labs, estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de prever ondas de calor antes mesmo da pessoa sentir os sintomas. A novidade permite que uma resposta de resfriamento seja acionada automaticamente para aliviar ou prevenir o desconforto.
O mercado da menopausa deve saltar de US$ 17,6 bi para US$ 27,6 bi em menos de dez anos, com destaque para novos tratamentos não hormonais da Astellas e Bayer.
Novos espaços voltados à saúde e bem-estar feminino surgem para atender mulheres que vivem o climatério e a menopausa. Em São Paulo, a recém-inaugurada AVA Mulher reúne equipe multiprofissional para tratar corpo, mente e sexualidade. Na beleza, cresce o movimento pró-aging, que substitui o anti-aging e aposta em produtos que suavizam o tempo com naturalidade — como as linhas de cápsulas e vitaminas da Re-Age, criada por Silvia Ruiz.
No mesmo movimento de inovação, a marca brasileira aposta em fórmulas limpas e tecnologia de hidratação com o Feel Lube HialuCare, com duplo ácido hialurônico, pantenol e extrato de madressilva, desenvolvido para o ressecamento íntimo causado por menopausa, anticoncepcionais ou pós-parto. Uma nova geração de produtos que coloca conforto e bem-estar no centro da rotina feminina.



Quando tudo é performance: o que o rótulo “performático” revela sobre nós?

Nos últimos anos, poucas palavras ganharam tanto peso (e ironia) quanto “performático”. Ela aparece em tweets, comentários, manchetes, quase sempre como acusação: “Fulano é tão performático”, “Isso é pura performance”. O termo, antes restrito ao vocabulário das artes e da filosofia, virou rótulo popular para descrever aquilo que parece exagerado, calculado, ou falso. Mas por que ser “performático” virou ofensa, e o que isso diz sobre a cultura contemporânea?
O artigo do Nexo Jornal levanta uma questão essencial: a performance, hoje, está em tudo. Vivemos em um ambiente onde a visibilidade é a nova moeda e onde todo gesto, do post indignado à selfie chorando, é potencialmente público. O resultado é um paradoxo curioso: todos performamos, mas ninguém quer parecer performático.
A ideia de performance social não é nova. Em 1956…


Existe uma diferença entre o Brasil que somos e o Brasil que poderíamos ser. O primeiro ainda carrega as marcas de um passado que não se encerra — desigualdade, racismo estrutural, autossabotagem coletiva. O segundo começa a despontar nas falas de quem acredita que o país pode, enfim, assumir o papel que o mundo precisa: o de potência socioambiental. O estudo O Brasil que o Brasil quer ser, criado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência, é uma tentativa rara de escutar o país, de CEOs a comunidades ribeirinhas, de cientistas a artistas, e traduzir o que emerge dessa mistura em um novo ideal de nação. O diagnóstico é claro: o Brasil é visto lá fora como o lugar da alegria, da natureza exuberante, da aventura. Mas ainda falta credibilidade nos temas que realmente movem o século XXI: inovação, sustentabilidade, direitos humanos e qualidade de vida.


Renato Bezerra de Mello, artista visual pernambucano nascido em Recife em 1960, transforma o que é descartado em poesia. Sua obra parte de materiais impregnados de memória: cartas, tecidos, cristais, papéis carbonados, objetos do cotidiano, para investigar o tempo, o esquecimento e o que permanece. Com formação inicial em arquitetura e uma trajetória de mais de uma década dedicada à restauração de patrimônio histórico no Rio de Janeiro, Bezerra de Mello leva para as artes visuais um olhar preciso e sensível sobre a passagem do tempo e a fragilidade da matéria.
A partir dos anos 2000, após uma experiência na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris, o artista passa a explorar a dimensão emocional dos resíduos e das lembranças, construindo instalações que mesclam o íntimo e o coletivo, a casa e o museu, a ruína e a beleza. Em suas composições, o banal ganha densidade simbólica: uma carta antiga, um vidro rachado, uma toalha desbotada tornam-se portadores de histórias afetivas e sociais.

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