#232 - Quando o mundo está ansioso, o estilo “casa da avó" vira refúgio emocional

Edição #232
Tempo de leitura: 14 minutos

“Lembre-se: você não pode subir a escada do sucesso com as mãos nos bolsos.”
― Arnold Schwarzenegger

Michael Jackson é o primeiro artista a aparecer no top 10 da Billboard Hot 100 em seis décadas, depois que “Thriller” subiu nas paradas no Halloween.

Vários estudos estão agora associando o consumo de “alimentos ultraprocessados” ao aumento dos casos de câncer colorretal em jovens.

 Jeff Bezos lançou uma startup de IA chamada Project Prometheus, que visa otimizar a engenharia e a fabricação.

Cavernas marcianas recém-descobertas foram possivelmente formadas pela água e podem conter vestígios de vida./

Lucas Pinheiro Braathen é campeão na Finlândia, e Brasil conquista primeiro título da história na Copa do Mundo de esqui. 

A Ubtech iniciou produção em massa dos robôs humanoides Walker S2, voltados para a indústria.

A marca de streetwear Human Made, fundada pelo designer da BAPE, Nigo, planeja abrir o capital no Japão.

81 macacos e metanfetamina encontrados em carro conduzido por suspeitos de contrabando de animais selvagens.

Um autorretrato de Frida Kahlo pode se tornar a pintura mais cara de uma mulher vendida em leilão.

Gustav Klimt acaba de fazer história novamente.

Hall da Vergonha: muitos nomes da lista Under 30 acabaram se tornando grandes líderes de tecnologia, CEOs e até bilionários. Outros… nem tanto. E alguns, sinceramente, eles gostariam de ter deixado de fora. De SBF a Martin Shkreli, aqui estão as 10 pessoas mais questionáveis que já entraram na lista.

Uma campanha incrível feita com IA para a Hermès.

O que você sabe sobre a perimenopausa? Responda este quiz para descobrir.

Novo chatbot permite que usuários conversem com Jesus por meio de IA.der perguntas.

A PepsiCo decidiu atualizar sua identidade corporativa para reforçar que seu portfólio é muito mais amplo do que bebidas e salgadinhos. A mudança veio após pesquisas indicarem que a maioria das pessoas associa a empresa apenas à marca Pepsi.

Os 100 livros imperdíveis do ano da revista Time.

A clássica empresa de eletrificação Lunaz remasterizou o Rolls-Royce Phantom V. ou seja, um combo do que há de melhor em luxo com emissão zero.

 Como chegamos à semana de trabalho de 40 horas e ela já teve seu tempo? Spoiler: a jornada de trabalho de oito horas tem suas raízes na década de 1860. (gift link)

Em Abril de 2026, será inaugurada, no Palácio de Buckingham, a exposição “Queen Elizabeth II: Her Life in Style”, que celebra o legado e a influência da monarca na moda britânica, em homenagem ao seu centenário.

O tema do Met Gala 2026 será “Costume Art” (Arte do Traje), uma exposição que combinará roupas e acessórios com obras de arte, caso você queira começar a imaginar como uma celebridade se vestirá.

H&M entra no universo do après-ski com uma coleção cápsula retrô, criada ao lado da marca de luxo Perfect Moment.

Durante a maior parte da história, os pais sempre desejaram ter filhos homens, mas, nos últimos anos, mães e pais nos países ricos têm demonstrado uma preferência crescente por meninas. Vem entender por que isso acontece. 

As 100 decisões da vida que as pessoas mais temem, segundo os psicólogos. 

Em novembro de 2025, Madonna comemora duas décadas de Confessions on a Dance Floor, um dos pontos altos de sua fase eletrônica. A edição especial de 20 anos traz 20 faixas e, pela primeira vez no digital, o famoso “non-stop mix” continua sendo parte essencial da experiência do álbum.

Com um toque, elas desaparecem. Conheça as delicadas flores de gelo.

 Quando o mundo está ansioso, o estilo “casa da avó" vira refúgio emocional

Por mais de uma década, comer num lugar considerado cool significava entrar num cenário que parecia ter nascido dentro do Pinterest: paredes off white, monstera estrategicamente inclinada, móveis claros, cerâmicas em tons de rosa empoeirado e aquela estética de startup às 10h e brunch às 11h. Era um pacto silencioso do design millennial. Tudo instagramável, tudo suave, tudo neutro. Chamaram isso de Wayfair ficção do mundo.

Mas o encanto quebrou. O visual minimalista virou repetição, depois virou piada e agora virou cansaço. A experiência estética deixou de parecer respiro e virou template. E como sempre acontece quando uma estética chega ao limite, outra nasce do colapso. A nova febre é o chamado nostalgic tavern. Um clima que troca paredes limpas por madeira escura, cadeiras herdadas, luminárias que parecem saídas de um romance dos anos 70 e uma coleção de objetos que contam histórias. Ou pelo menos fingem que contam.

O eixo dessa virada está menos no design e mais na sensação….

A linha tênue entre hábito, escape e identidade!

Na fluidez entre prazer, hábito e identidade: este artigo explora o que acontece quando o uso frequente de cannabis deixa de ser apenas diversão e vira padrão. Através de uma pesquisa com pessoas que usavam a substância várias vezes por semana — inclusive todos os dias —, o estudo revela surpresas: em algumas circunstâncias, os usuários se sentem mais felizes, inspirados, focados; em outras, especialmente entre os que fumam várias vezes ao dia, emergem culpa, vergonha e piora no humor. 

Mais do que desfazer estigmas, o texto levanta questões mais complexas: qual o papel da autorregulação, da motivação e da consistência quando o hábito se transforma em rotina? E o que isso diz sobre quem somos, as escolhas que fazemos e os contextos que permitimos? Uma leitura que desmonta estereótipos e explora a linha tênue entre hábito, escape e identidade.

O chinês Li Songsong sempre foi fascinado pelo modo como o tempo altera aquilo que lembramos. Por isso, muitas de suas obras nasceram do encontro com fotos antigas, cenas de cinema, retratos achados em arquivos — imagens que carregam história, mas também silêncio, lacuna, esquecimento. Seu trabalho parte justamente dessa névoa: da distância entre o que vemos e o que a memória insiste em reconstruir.

Na nova série, History Painting, Li afasta-se da imagem reconhecível e mergulha de vez no abstrato. As telas monumentais ganham camadas e mais camadas de tinta espessa, aplicadas de cima para baixo, num gesto repetido que transforma o quadro em terreno acidentado. A cor e a textura competem entre si, criando um movimento que ora empurra para fora, ora puxa para dentro, como se a superfície respirasse.

Representado pela Pace Gallery, o artista aqui explora menos a narrativa e mais o próprio ato de pintar: o peso da matéria, o acúmulo, o apagamento. History Painting está em exibição em Nova York até 20 de dezembro, uma ótima chance de ver como a história pode ser contada não pela imagem, mas pela textura que a esconde.